Pais e Mães



                                     O nome dessa doçura é 'Manu', minha sobrinha.


                                                                                      Por Edna Palladino

Limites: quando começar?


Ouvi um pai dizer que o primeiro "não" que a criança aprende a dizer é a primeira oportunidade de colocarmos limites. Teremos que dizer um "sim", ela irá retrucar novamente com um "não", e nós insistiremos com um "sim". É na insistência do "sim senhor" e "não senhor" que a criança passa a ter as primeiras relações com os limites, que farão parte para sempre da sua vida.

Se acharmos engraçadinho quando eles batem em nosso rosto quando estão zangados, ou até mesmo quando estão descobrindo alguns movimentos, ao crescerem continuarão a nos bater e será muito mais difícil tirar este comportamento pela ligitimação que demos em não corrigir antes.
Teremos que dizer não para essa mãozinha com firmeza na voz e com atitude firme segurar a pequenina mão agressora, repetindo tantas vezes quanto for necessário que aquela atitude é errada.

Eles aprenderão na repetição: preste bem atenção pais! Para os filhos pequenos será necessário repetir várias vezes a mesma coisa até que aprendam, conforme crescem desenvolverão também a faculdade de registro do que lhes é ensinado. Isso pode acalmar mães e pais descontrolados que vivem a berrar e espancar os filhos pequenos por estarem repetindo as travessuras.

Acredito que a educação começa muito cedo, logo que os pequenos começam a falar, o que mudará são os "modos" de educá-los, por exemplo: enquanto são pequenos os pais lhes dizem o que fazer e como fazer, quando se tornam maiores e entram na adolescência, desenvolvem a capacidade de perceber as coisas por eles mesmos, os pais terão que argumentar com eles, negociar as coisas, ou seja, aumentar o diálogo.

Mas vejam, a colocação de limites deve ser continuada, eles precisarão saber que suas ações tem consequências. É "Super Nãni" mesmo para os pequenos. Desobedeceu as regras da casa que foram combinada de antemão, vai ficar "sentado na cadeirinha", com os pais dizendo sempre a razão de estarem lá. Com os maiores lidaremos ainda mais profundamente com as consequências, para isso teremos que construir com eles uma boa noção de responsabilidade.

Certa vez, um pai estava com grande dificuldade de como conversar com seu filho sobre o fato de ele estar fumando maconha dentro de seu quarto. O pai tentara algumas vezes, mas o rapaz aumentava o volume do som intensamente ao ouvir o pai bater na porta pedindo para que não fizesse isso dentro de casa. Numa noite dessas, o pai bateu na porta, deu murros, gritou... o volume do som cada vez aumentava mais. O pai sentiu ódio do moço, vontade de esganá-lo, e foi aí que percebeu que estava perdendo aquela guerra.

Pensou melhor e planejou algo importante para o outro dia. De manhã o rapaz veio tomar café o pai não o tratou como costumava reprovando-o por suas atitudes dentro do quarto. Ao constrário, preparou-lhe o café, as torradas, e disse: filho, quero lhe dizer uma coisa, todas as nossas atitudes e escolhas na vida tem suas consequências, você me entende? O filho lhe disse: claro, pai, fica frio!.

Naquela tarde, o rapaz retorna da escola, o pai estava na sala tranquilo, perguntou apenas como havia sido sua manhã nos estudo, o moço respondeu sem implicar-se que tudo estava bem e subiu para seu quarto. Mas desceu espantado perguntando ao pai: o que aconteceu, meu quarto está sem porta? O pai lhe respondeu: nós conversamos que todas as suas atitudes terão consequências, essa uma delas e voltando os olhos para o livro que estava lendo continuou a leitura tranquilo.

Se pensarmos que nossos filhos não podem ser desagradados, pois temos mêdo de perder o amor deles, então estaremos perdendo mesmo, não apenas o amor, mas quem sabe o filho todo. Não importa que fiquem com raiva de nós quando lhes damos limites, aguentaremos a raiva deles, sabendo que eles nos amam, mas naquele momento estão nos odiando por estarmos reprovando suas atitudes.

Não somos "amiguinhos" dos nossos filhos, somos "pais", falamos sobre os valores que precisam ter na vida, agimos com eles quando precisarmos agir. Somos diferentes dos "amigos" deles, não topamos qualquer parada, não estamos pra o que der e vier, somos pais com arco firme nas mãos para educá-los até que atinjam a maioridade.

Não podemos desanimar, quando perdemos as forças teremos que renová-las, pois diferentemente dos animais que estão prontos em três meses para enfrentar seu ambiente, nossos filhos precisarão de 21 mais ou menos, para enfrentar o mundo com responsabilidade e respeito por sí mesmos e pelo outro.

Nós não vamos usar de violência verbal com palavrões ou palavras que os menosprezam e, muito menos usaremos de agressão fisíca que não levam a nada, são armas de quem não têm outros recursos.Seremos firmes e ao mesmo tempo demonstraremos que os amamos: como pode ser isso? Diálogo, meus amigos, é tudo de que precisam. Falem com eles, expliquem o porquê da proibição de tal saída tão entusiasmada, mas também ouça o que eles tem a dizer, pondere, respeite as razões deles, e por último, se sua decisão ainda for não, diga não, realce seus motivos e aguente a "cara feia", elas vão aparecer sempre, fazem parte do "pacote" de educar.

Por último, por favor, meus queridos, não tende agradar seus filhos comprando produtos tecnológicos, aliás precisaremos conversar com nossos filhos sobre o bem e o mal desses produtos: não poderemos nos tornar reféns das máquinas, das rêdes de interação, dos faces da vida... É preciso diálogo aberto em casa sobre isso e a decisão, que deve ser de todos: teremos apenas um computador com internet em um lugar bem visível na sala, para que todos saibam quais os sites que estão sendo operados sem o perigo de alguém da casa entrar em tentação com a pornografia e de os pequenos serem acediados pela pedofilia. E daí por diante, vá explicando: "meus queridos filhos quero vocês na mesa, conversando comigo, olhando nos meus olhos, não quero perder vocês para os jogos nem pra internet viciante e alienadora". Vá falando, falando ... Vai dar um resultado daqueles!

Deus deseja converter coração de pais a filhos e de filhos a pais.
Bóra lá!






















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